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Inseminação artificial

Por: Dr. Luiz Fernando Henrique

A inseminação intrauterina, mais conhecida como inseminação artificial, é uma técnica considerada de baixa complexidade, empregada nos tratamentos de medicina reprodutiva. É indicada diante de poucas condições de infertilidade, após o casal passar por uma avaliação completa. As outras opções para os casais inférteis são o coito programado, também de baixa complexidade, e a fertilização in vitro (FIV), de alta complexidade.

Na inseminação artificial, uma amostra de esperma é submetida a métodos de preparo seminal e os espermatozoides de melhor qualidade são depositados diretamente no útero. Isso pode ser feito com o sêmen do parceiro da paciente (inseminação artificial homóloga) ou de um doador (inseminação artificial heteróloga).

A inseminação intrauterina pode ser realizada com estimulação ovariana controlada e indução da ovulação ou em ciclos ovulatórios espontâneos (não estimulados), dependendo dos fatores de infertilidade presentes.

Com essa técnica, os espermatozoides são colocados mais próximos do óvulo, aumentando as chances de fertilização. Entretanto, há alguns critérios a observar antes da indicação para o tratamento com inseminação intrauterina, conforme explicaremos a seguir.

Em quais situações a inseminação artificial é indicada?

A inseminação artificial é uma possibilidade de tratamento para casais com fatores brandos de infertilidade, preferencialmente para mulheres com menos de 35 anos e tubas uterinas saudáveis (sem obstruções).

Podem receber indicação para essa técnica:

Como a inseminação artificial é realizada?

A inseminação artificial requer poucos procedimentos. O tratamento começa com o acompanhamento da ovulação por meio de ultrassonografias transvaginais seriadas e exames de dosagens hormonais.

Caso a mulher não tenha disfunções ovulatórias, é possível acompanhar seu ciclo ovulatório natural. No entanto, a estimulação ovariana com medicações orais ou injetáveis é uma forma de favorecer os processos de desenvolvimento folicular e ovulação, aumentando também as chances de sucesso.

Os fármacos hormonais estimulam o desenvolvimento dos folículos ovarianos, responsáveis por armazenar os ovócitos (“óvulos”). Quando os folículos atingem o tamanho adequado, outra medicação é administrada para deflagrar a ovulação, que deverá acontecer cerca de 36 horas após o uso dos indutores.

Em seguida, a amostra de esperma é coletada por masturbação ou obtida em um banco de sêmen e submetida aos procedimentos de preparo seminal. A lavagem do sêmen é necessária para remover espermatozoides imóveis, células germinativas imaturas, leucócitos, prostaglandinas e outras substâncias que possam atrapalhar a fertilização.

A última etapa do tratamento de inseminação artificial é a introdução da amostra seminal processada no útero da mulher. Os espermatozoides são colocados na cavidade endometrial com o auxílio de um catéter, algumas horas antes da ovulação.

Do local onde são colocados, os espermatozoides devem migrar para as tubas uterinas e encontrar o óvulo. Assim, o processo de fertilização e desenvolvimento inicial do embrião acontece da mesma forma que na concepção natural.

O procedimento de inseminação intrauterina é simples, rápido, geralmente indolor e realizado em consultório. Após duas semanas, aproximadamente, a tentante pode realizar um teste de gravidez para confirmar se o tratamento foi bem-sucedido.

Quais são as taxas de sucesso da inseminação artificial?

As taxas de sucesso variam de acordo com alguns fatores, sobretudo a idade feminina. Mulheres com menos de 35 anos apresentam taxas de gravidez com inseminação artificial em torno de 20%. Esse percentual reduz quando as pacientes têm mais de 37 anos.

Quando bem indicada e bem conduzida, a inseminação artificial é uma abordagem que pode chegar a bons resultados em várias situações. É uma técnica simples e não invasiva. Contudo, cada paciente precisa de um olhar clínico individualizado para receber as orientações mais apropriadas, dependendo de suas condições de infertilidade.

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