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Adenomiose: veja os sintomas em detalhes

O aparelho genital feminino é um sistema complexo e fundamental para o processo de reprodução humana. É composto por órgãos externos e internos que precisam estar saudáveis para garantir a fertilidade da mulher. Caso os órgãos reprodutores sejam afetados por alguma doença, como a adenomiose, há o risco de lidar com dificuldades para engravidar.

Todos os órgãos do sistema reprodutor feminino participam de alguma forma. Os processos de ovulação, fecundação do óvulo e gravidez acontecem, especificamente, no trato reprodutivo superior, onde estão os ovários, as tubas uterinas e o útero. Veja as principais funções:

  • os ovários são as glândulas sexuais (gônadas), responsáveis ​​pelo armazenamento, amadurecimento e a liberação dos óvulos. Também é função ovariana produzir os hormônios estrogênio e progesterona, que participam da regulação do ciclo menstrual e do preparo do útero para a gravidez;
  • as tubas uterinas ou trompas de falópio são um par de tubos que se conectam ao útero, uma de cada lado, e se prolongam até próximo dos ovários. Elas servem para recolher o óvulo que sai do ovário, levá-lo até o local da fertilização e, em seguida, transportar o embrião para a cavidade uterina;
  • o útero é um órgão oco e com capacidade de expansão. É nele que o óvulo fertilizado se implanta para que aconteça o desenvolvimento de uma gravidez. Também está relacionado à menstruação, pois é a descamação da camada interna do útero que provoca o sangramento menstrual.

O trato reprodutivo inferior da mulher — formado pelo colo do útero, a vagina e a vulva — é importante para a função sexual, a entrada dos espermatozoides, o escoamento da menstruação e o trabalho de parto.

Neste post, vamos falar mais sobre o útero e a adenomiose, doença que pode modificar a estrutura e as funções uterinas. Confira!

Quais são as camadas do útero e suas funções?

O útero é um órgão que nutre e protege o feto em desenvolvimento durante a gravidez. A parede uterina é dividida em três camadas: o endométrio, o miométrio e o perimétrio ou camada serosa.

A camada interna do útero é o endométrio, um tecido altamente vascularizado que aumenta de espessura, descama e se renova em todo ciclo menstrual. A camada endometrial deve estar receptiva e fornecer o ambiente adequado para que a gestação comece e evolua. Se não houver implantação embrionária, parte desse tecido se desprende da parede uterina e causa a menstruação.

Adjacente ao endométrio, ocupando a porção medial da parede uterina, está o miométrio. Essa camada é composta por tecido muscular liso, necessário para as contrações de parto e para a capacidade de expansão do útero. O tecido miometrial também se contrai durante a menstruação para ajudar a expelir o endométrio.

A camada mais externa da parede uterina é o perimétrio ou serosa. Trata-se de uma membrana protetora que envolve todo o útero e ajuda a mantê-lo no lugar dentro da cavidade pélvica.

O que é adenomiose?

A adenomiose é uma doença inflamatória que ocorre quando um tecido semelhante ao endométrio se implanta dentro do miométrio. 

As células endometriais são estimuladas ciclicamente pelo hormônio estrogênio e se proliferam, provocando um aumento na espessura do endométrio para receber um embrião. Da mesma forma, na adenomiose, os implantes endometriais respondem à ação estrogênica no miométrio e causam alterações na estrutura e na função miometrial.

A principal teoria para tentar explicar o surgimento da adenomiose sugere uma invasão direta das células endometriais no miométrio. Isso poderia acontecer quando a zona juncional mioendometrial (que divide as duas camadas vizinhas) enfraquece devido a cirurgias uterinas, por exemplo.

Os fatores de risco incluem: idade acima de 40 anos, obesidade, procedimentos cirúrgicos uterinos, multiparidade (duas ou mais gestações), entre outros.

Apesar de ser mais frequente após os 40 anos e em mulheres multíparas, a adenomiose também é identificada em pacientes mais jovens e que ainda têm planos de engravidar. Portanto, pode ser apontada como uma das causas de infertilidade feminina.

Quais são os sintomas de adenomiose?

As doenças ginecológicas podem ter sintomas semelhantes, normalmente relacionados a alterações no fluxo menstrual, cólicas, dores pélvicas, entre outros. Sendo assim, é um desafio para a mulher identificar a adenomiose somente pelas manifestações clínicas. Diante de qualquer suspeita, é importante contar com a assistência de um médico especialista.

Os sintomas de adenomiose podem incluir:

  • irregularidades menstruais, como sangramento abundante;
  • dores — dismenorreia (cólicas menstruais), dispareunia (dor na relação sexual) e dor pélvica;
  • alterações na região do útero, incluindo aumento do volume uterino, distensão abdominal e sensação de pressão na parte inferior do abdome;
  • dificuldade para engravidar.

Muitas mulheres com adenomiose engravidam sem dificuldades. Entretanto, é uma condição associada à dificuldade de implantação do embrião na cavidade uterina e a partos prematuros. 

Como diagnosticar e tratar essa doença?

O diagnóstico da adenomiose é feito a partir da avaliação clínica e do exame pélvico e confirmado com exames de imagem, sendo a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética os de maior acurácia. 

Aspectos a considerar na tomada de decisão sobre o tratamento da adenomiose são: o desejo de gravidez; sintomas; histórico de infertilidade; volume uterino e “tamanho da adenomiose”; entre outros.

Frequentemente mulheres com diagnóstico de adenomiose não necessitam de qualquer tratamento. Na consulta com o especialista em medicina reprodutiva suas dúvidas poderão ser esclarecidas de forma individualizada. 

Conheça a doença de forma mais aprofundada com a leitura do texto que aborda mais aspectos da adenomiose!

Barriga solidária: conheça as indicações e saiba se pode ser a solução para você ter filhos

A barriga solidária é uma técnica de reprodução assistida que permite a indivíduos e casais que não podem gestar realizarem o sonho de ter filhos biológicos. Conheça suas indicações, como funciona e se pode ser a solução para você. Essa prática já foi conhecida pela expressão “barriga de aluguel”, mas não é hoje a forma adequada de nomeá-la. 

Leia este post na íntegra, veja em quais situações a barriga solidária é indicada e descubra se essa técnica pode ajudar você a ter filhos!

O que é barriga solidária?

Para fácil entendimento, é a prática em que uma mulher cede seu útero para carregar o bebê de outro casal durante a gravidez, ou seja, os futuros pais genéticos utilizam seus próprios gametas, o embrião é gerado em laboratório (fertilização in vitro) e transferido para o útero da “barriga solidária”.

Tanto a mulher que aceita ceder seu útero quanto o casal (os pais genéticos) devem passar por avaliações físicas e psicológicas. Há vários aspectos que precisam ser bem abordados antes de iniciar o tratamento, por exemplo: procedimentos que serão realizados; questões legais relacionadas à filiação; possíveis impactos emocionais à gestante; responsabilidade do casal em garantir à gestante todos os cuidados médicos necessários; entre outros. 

Quais são as indicações?

A barriga solidária pode ser uma solução em diferentes situações. É indicada para mulheres que não podem gestar devido a problemas graves no útero ou outras condições de saúde que contraindiquem uma gestação. Também é uma solução para casais homoafetivos masculinos.

Compreenda essas indicações de forma mais aprofundada!

Mulheres com problemas uterinos

O útero precisa estar em boas condições anatômicas e funcionais para o início e manutenção de uma gestação. Existem inúmeras condições que dificultam ou impedem que isso aconteça. Algumas são corrigidas com cirurgia, outras não têm tratamento.

Um útero malformado nem sempre impede que a mulher engravide, mas pode provocar complicações obstétricas, como abortamento ou parto prematuro. 

Dentre as malformações genitais, a mais grave é a ausência do útero, das tubas uterinas e da porção superior da vagina, uma condição rara denominada síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser.

A ausência de útero também pode decorrer de cirurgias realizadas para tratamento de câncer ou de doenças benignas, como miomas volumosos. 

Mulheres com útero, mas que já tiveram múltiplas perdas gestacionais ou que apresentam alterações anatômicas severas (como síndrome de Asherman), também podem ser candidatas ao útero de substituição. 

Casais homoafetivos masculinos

A barriga solidária é uma prática particularmente necessária para os casais masculinos que desejam ter um filho biológico.

Além de contar com a participação de uma cedente temporária de útero, os casais homoafetivos masculinos precisam acrescentar outra importante técnica ao seu tratamento de reprodução: a ovodoação, também conhecida como doação de óvulos.

O casal homoafetivo deverá receber óvulos de uma doadora anônima ou de um parente até quarto grau. Segundo as normas éticas que orientam os serviços de reprodução assistida, a gestante de substituição não pode ser a doadora de óvulos.

Outras situações

Outras possíveis indicações para o tratamento com barriga solidária são:

  • diagnóstico de doenças que contraindicam a gestação devido a riscos à vida da mulher;
  • histórico de abortamentos recorrentes, quando não é possível tratar a causa;
  • complicações graves em gestações anteriores.

Como é feito o tratamento com barriga solidária?

O tratamento é feito com fertilização in vitro, passando por várias etapas. De forma resumida: a futura mãe biológica realiza a estimulação ovariana; seus óvulos são coletados e fertilizados com os espermatozoides de seu parceiro; os óvulos fecundados ficam em incubadora por alguns dias; por último, o embrião é transferido para o útero da cedente temporária, que deve fazer uso prévio de medicações hormonais para o preparo uterino.

Para os casais homoafetivos masculinos, o percurso do tratamento é semelhante. A principal diferença é que a doadora de óvulos (anônima ou parente de até quarto grau) é que passa pela estimulação ovariana. Como alternativa, os óvulos podem vir de um banco de óvulos congelados. Os óvulos são fertilizados com os espermatozoides de um dos parceiros. Em seguida, é feito o cultivo embrionário e a transferência para a barriga solidária.

Como você viu, o tratamento de reprodução assistida com barriga solidária é um caminho para pessoas que não podem engravidar devido à ausência de útero e outras condições que inviabilizam a gestação. Dessa forma, também é possível ter um filho com a sua herança genética e acompanhar bem de perto o desenvolvimento do bebê durante a gravidez.

Leia o texto principal sobre barriga solidária para obter mais informações!

O que é fragmentação do DNA espermático e qual é a relação com a infertilidade masculina?

A fragmentação do DNA espermático é uma das condições que podem reduzir a fertilidade masculina, interferindo na qualidade dos espermatozoides e levando à formação de embriões não saudáveis. 

Não se trata de um problema detectado com o espermograma, que é o principal exame para avaliar a capacidade reprodutiva do homem.

A fertilidade masculina depende de espermatozoides com características como motilidade progressiva, morfologia dentro do normal e integridade do DNA espermático.

Neste artigo, vamos abordar a fragmentação do DNA espermático e seu impacto na fertilidade masculina. Confira!

Quais aspectos são importantes para a função do espermatozoide?

Os espermatozoides são as células reprodutivas do homem, ou seja, os gametas. A função dessa célula é fecundar o óvulo (gameta feminino) para gerar o embrião que poderá se desenvolver até formar um novo ser humano.

A produção dos espermatozoides acontece nos túbulos seminíferos, dentro dos testículos. Os hormônios liberados pela glândula hipófise e a testosterona, também produzida nos testículos, são fundamentais para esse processo de produção e amadurecimento dos gametas.

Além de serem produzidos em quantidade suficiente, os espermatozoides precisam de boa qualidade para chegar ao local da fertilização (nas tubas uterinas) e fecundar o óvulo. Sendo assim, há aspectos importantes para garantir a função espermática, os quais incluem:

  • concentração — concentrações acima de 15 milhões por ml apresentam maiores taxas de gravidez;
  • motilidade — o conceito de motilidade se refere à capacidade de movimentação dos espermatozoides, principalmente em velocidade progressiva e linear, o que é determinante para que eles consigam chegar até o óvulo; 
  • morfologia — os espermatozoides morfologicamente normais devem apresentar cabeça oval, peça intermediária proporcional e cauda fina e uniforme;
  • DNA espermático íntegro — o DNA se encontra dentro do espermatozoide e carrega as informações genéticas do homem. A integridade do DNA é importante para a fertilização do óvulo e para a formação de um embrião saudável.

O que é fragmentação do DNA espermático?

O DNA espermático é o material que carrega as informações genéticas de um indivíduo. Durante a fertilização, ocorre a junção do DNA espermático com o DNA do óvulo para formar o código genético completo do embrião.

A fragmentação do DNA espermático se caracteriza pela quebra na cadeia de DNA dos espermatozoides, acarretando alteração na função dessas células. É normal detectar um percentual moderado de fragmentação, mas, se os índices forem altos, temos uma possível causa de infertilidade masculina.

As dificuldades reprodutivas associadas a altas taxas de fragmentação do DNA espermático se devem a fatores como falhas na fertilização do óvulo, no desenvolvimento do embrião e na implantação embrionária no útero. Caso a gravidez tenha início, há também o risco de aborto.

Há diversos fatores de risco para os altos níveis de DNA espermático fragmentado, por exemplo: obesidade, diabetes, tabagismo, idade acima de 50 anos, infecções genitais, varicocele, entre outros.

O que fazer quando essa condição for identificada?

O teste de fragmentação do DNA espermático é o exame a ser solicitado para essa avaliação. Ele é realizado após coleta de sêmen por masturbação, assim como um espermograma convencional. 

Uma vez detectado elevado índice de fragmentação do DNA espermático, deve-se aprofundar a investigação com um médico urologista especializado em medicina reprodutiva. Esse profissional, por meio de anamnese, exame físico, exames laboratoriais e de imagem, tentará identificar a causa dessa alteração. 

A depender do motivo, diferentes tratamentos poderão ser sugeridos: cirurgia de varicocele, uso de vitaminas específicas, mudança de hábitos de vida, entre outros. 

A melhora dos níveis de fragmentação proporciona maior chance de gravidez natural ou por fertilização in vitro (FIV). 

Em tratamento de FIV, é possível também lançar mão de técnicas que visam selecionar os espermatozoides com baixo índice de fragmentação para utilizar na fertilização do óvulo. 

Para concluir: é um teste muito importante na investigação de infertilidade. A investigação da causa é relevante para se definir a forma de tratamento. A medicina reprodutiva pode oferecer recursos para contornar essa alteração de qualidade dos espermatozoides. 

Leia mais um texto e entenda como são feitos os testes de fragmentação do DNA espermático!

Relação Sexual Programada: entenda o passo a passo

Os termos “coito programado” e “relação sexual programada” se referem ao mesmo tratamento. É uma das opções para os casais que enfrentam dificuldades para engravidar naturalmente.

Consiste na técnica de mais baixa complexidade da reprodução assistida, mas tem boas chances de sucesso se bem indicada. As outras possibilidades incluem a inseminação artificial, também de baixa complexidade, e a fertilização in vitro (FIV).

Neste texto, você vai conferir de forma detalhada como funciona esse tratamento.

O que é coito programado?

É uma técnica simples para melhorar as chances de concepção, que envolve o uso de métodos para promover a ovulação e, com base nisso, o casal deve se preparar para ter relações sexuais durante o período fértil.

Tanto para ter chances de gravidez quanto para evitar a concepção, o coito programado é uma técnica antiga. Contudo, na reprodução assistida, essa possibilidade é trabalhada de forma mais eficaz, utilizando-se procedimentos como indução da ovulação, exames seriados de ultrassom para monitorar o processo ovulatório e suplementação de hormônios com objetivo de propiciar o melhor ambiente possível para a implantação de um embrião no útero. 

O coito programado pode ser indicado para mulheres com problemas de ovulação e para casais com infertilidade sem causa aparente (ISCA). É uma técnica apropriada particularmente para mulheres com menos de 35 anos e tubas uterinas saudáveis, considerando ainda que seu parceiro apresente resultados dentro dos parâmetros normais no espermograma.

 

Qual é o passo a passo do coito programado?

Indução da ovulação

A estimulação ovariana com indução de ovulação é realizada com medicações hormonais que têm efeito semelhante ao dos hormônios produzidos no próprio corpo feminino. O objetivo é estimular o desenvolvimento dos folículos ovarianos, que guardam os óvulos.

São utilizadas doses baixas de indutores de ovulação, pois a finalidade é obter somente um a três óvulos maduros — ao contrário dos tratamentos de alta complexidade com FIV, em que se espera desenvolver o maior número possível de folículos para coletar múltiplos óvulos.

Esse cuidado com a dosagem das medicações é importante na baixa complexidade, visto que a fecundação do óvulo ocorre normalmente na tuba uterina e o risco de gestação múltipla (gêmeos, trigêmeos etc.) sempre deve ser ponderada. 

Acompanhamento do crescimento dos folículos ovarianos

Durante a etapa de estimulação ovariana, são feitos alguns exames de ultrassonografia pélvica transvaginal (2 a 3) para monitorar o crescimento dos folículos ovarianos. Dessa forma, é possível saber o dia em que a ovulação vai acontecer.

O ultrassom mostra quando os folículos atingem o tamanho esperado (cerca de 18 mm). Nesse momento, é administrado um hormônio específico — comumente o hCG (gonadotrofina coriônica humana) — para provocar o amadurecimento final do óvulo e ruptura do folículo dominante ocasionando a ovulação.

Planejamento do casal

Sabendo da data provável da ovulação, o casal deve programar suas relações sexuais para o período fértil. Assim, há boas chances de os espermatozoides chegarem às tubas uterinas, local da fertilização, e encontrarem o óvulo.

Por volta de 15 dias depois do período de ovulação, o casal pode realizar o teste de gravidez para saber se o tratamento deu certo. 

Quais são as chances de sucesso?

Quando o coito programado é bem indicado, isto é, se o casal atende aos critérios para a indicação e não apresenta outros fatores de infertilidade, as chances de um resultado positivo ficam entre 15% e 20% por ciclo de tentativa. Essas taxas são semelhantes às de concepção natural entre os casais férteis.

Se o casal não engravidar após algumas tentativas com o coito programado, existe a possibilidade de prosseguir com o tratamento utilizando outras técnicas de reprodução assistida. O médico poderá fazer novas avaliações e, em conjunto com o casal, definir o melhor caminho a seguir, que pode incluir primeiramente alguns ciclos de inseminação artificial ou diretamente a FIV.

Para alguns casais, o coito programado é suficiente para chegar à gravidez; para outros, pode ser o primeiro passo nos tratamentos de reprodução assistida. O importante é que as pessoas com dificuldade de engravidar podem contar com um profissional de medicina reprodutiva, manter as esperanças e potencializar suas chances de ter um filho. 

Aproveite para ler o conteúdo principal sobre coito programado!